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terça-feira, 25 de outubro de 2011

VISITA AO MUSEU DE ARTE CONTEMPORANEA


“A minha preocupação é penetrar mais na natureza. Há artistas que se aproximam da máquina; eu quero a natureza, quero dominar a natureza. Criar com a natureza, assim como outros estão querendo criar com a mecânica. Não procuro a paisagem, mas o material. Não copio a natureza”. (Krajcberg)

     Um museu com uma arquitetura moderna, apresentando uma exposição totalmente atual e futura, conduzido por um chão vermelho (“tapete vermelho”). Lugar lindo onde o MAC está instalado, o espaço físico do MAC se torna pequeno e pequeno em relação a tamanha beleza a sua volta. Mas acho muito interessante o fato do Mac, abrir as portas para esta exposição como esta escrito na entrada “Ano Mundial da Árvore 2011”, pois ele é rodeado de natureza, árvores, sendo uma escolha totalmente ligada a exposição central, pois mostra uma outra realidade, mostrando e levando a reflexão a outra face da natureza, no caso, a que poucos vêem, além de ser totalmente contemporânea em relação ao tempo, pois se fala muito em preservação e sustentabilidade.

      A exposição central é de Frans Krajcberg, artista plástico e ambientalista de 90 anos, com uma intensa relação com a natureza. Uma verdadeira denúncia sobre as queimadas de árvores, feitas por homens ou pela própria natureza frente a destruição do mundo causado pelo homem através de fotos, construções de reciclagem dos troncos, árvores queimadas e vídeo.

     A exposição começa pelas fotos ao lado direito com a denúncia das queimadas. A foto que abre é impressionante, pois através do trágico momento a foto se torna bela, pelo contraste das cores, e por mostrar a árvore resistindo mesmo dentro de uma queimada. Foto bem chocante que inicia a exposição. Ao tirar foto deste quadro, a foto era tão real, que quem vê a foto que tirei da máquina pensa que eu estava no momento registrando a cena.

     Depois, parede com as construções “menores”, com pedaços de troncos e o acréscimo de argila, com o qual Frans complementava modelando e depois pintava com pigmentos naturais  (não usa tinta), o vídeo mostra como é feita essa pintura, ele joga os pigmentos naturais e depois joga água. Uma obra plástica nesta parede dava um efeito de papel quando queimado nas pontas, na minha leitura simbolizando a árvore, que na verdade é dela que o papel sai, interligando as metáforas. 

     Na outra parede o belo da natureza, árvores diferentes que conseguiu registrar com seus muitos anos de vivencias com a natureza. Como uma que crescia para baixo e parecia um animal de grande porte.

     No meio, construções independentes, que se sustentavam por si só. Havia quatro construções em cima de um círculo com muitos carvões. Dando várias interpretações a quem assistia.

“A minha preocupação é penetrar mais na natureza. Há artistas que se aproximam da máquina; eu quero a natureza, quero dominar a natureza. Criar com a natureza, assim como outros estão querendo criar com a mecânica. Não procuro a paisagem, mas o material. Não copio a natureza”. (Krajcberg)

     Frans transforma a árvore queimada, ou seja, que passa pelo elemento fogo que não serve mais para nada em obra de arte, e da uma nova reformulação.  Algo útil, gerador de emoções, sensações e reflexões. Transformando em árvores, com flores, folhas, frutos, transformando-as em belas, mostrando valorizando os detalhes como de um tronco que lá estava e mais pareciam serem esculpidos nele.
“O simbolismo do fogo marca a etapa mais importante da intelectualização do cosmo, e afasta o homem cada vez mais da condição animal.” (Chevalier)

      Frans retrata na matéria sua história, pois sempre esta PASSANDO PELO FOGO e tendo que se regenerar (época da Segunda Guerra Mundial em que teve que fugir para sobreviver, mas viu seus pais sendo mortos, num momento mais atual roubaram tudo dele, principalmente objetos de valor simbólico, que segundo ele foi maior perda que o dinheiro, entre outros momentos difíceis), expressando através de seu trabalho, suas obras, sua reformulação, buscando o equilíbrio (a técnica de construção fala muito disso) depois do fogo, diante de tantas situações complicadas. É em função da atitude do homem com o fogo que estimula todo este processo que Frans leva a uma conscientização, reflexão e denúncia e quem sabe ações.
     Sua construção envolve modelagem com a argila (barro), para complementar e dar o efeito que ele gostaria de dar e a pintura como já tido antes e utilizava da fotografia e vídeo.
“...podemos nos perguntar sobre o que falam os trabalhos de Vanderlei Lopes. Eles emulam o instante fotográfico, limiar entre a existência e a dissolução das coisas. Tempos incertos só cabem na imagem, pois nela nos damos conta do quanto o instante pode ser fantasmagórico, ao se fixar aquilo que ainda existe e simultaneamente começa a passar, inexistir. E também porque imagens são capazes, mesmo que por um ardil fugaz, de fingirem em certas ocasiões existir além ou aquém do tempo.”(Guilherme Bueno)

     No segundo andar, a exposição de Vanderlei Lopes: “Horas Seculares Instantâneas”, titulo já intrigante, mas é realmente o que ele quer passar, a noção de tempo, o que ocorre ou deixa de existir nele ou como pode ser simulado. Pinturas sobre cerâmica em formatos gregos estão dispostos, pois a cultura grega ainda tem seu peso sobre os dias atuais e é muito lembrada, com cenas do mundo atual como queimadas, explosões, aviões e natureza, do qual estão sobre um jogo de espelhos, que além de refletir os vasos para baixo, projeto por causa da luz e sombra em cima, dando até um tamanho maior dos objetos. E colocando questões de tempo da natureza e tecnologia juntos em ação.

     Ele se utiliza assim como Frans dos recursos de fotografia, vídeo e modelagem. Um vídeo modelando o bloco de argila, dando várias formas e mostrando como um objeto pode modificado na linha do tempo e outro desenhando com as mãos pólvoras sobre o chão, formando uma árvore, do qual depois tacava fogo fazendo menção as queimadas das árvores e mais uma vez ao tempo que essas transformações acontecem. E no fim o que fica é aquele desenho só que cinza, uma crítica deste triste fim de “cinzas”. Uma foto mostra uma catedral feita de bronze de cabeça para baixo, com a parte de dentro oca, sem preenchimento, sugerindo o abismo interno, como foi descrito pelo curador da exposição.

     Ambos falam da questão do tempo, denunciam, questões contemporâneas do homem e seus efeitos sobre a natureza, como as queimadas mostradas por ambos. Porém a questão de tempo é retratada de forma diferente. Frans denuncia o tempo das queimadas para levarmos a reflexão do futuro, para fazermos algo enquanto a tempo, já Lopes não tem preocupação nenhuma com o futuro, e sim com o registro do tempo, ele trata do presente, do momento e seus movimentos em alguns momentos faz menção ao passado, como os dos gregos, mas levando-os para o presente. Exposições reflexivas e que pretendem gerar mudanças a nível de Sustentabilidade e preservação da natureza.

sábado, 24 de setembro de 2011

DESENVOLVIMENTO INFANTIL



Um Pequeno e simples esclarecimento dos Estágios do
 Desenvolvimento Cognitivo(Piaget)

Ninguém herda inteligência e sim aspectos biológicos, com eles interage com seu ambiente e vai se construindo e passando por estágios naturais do desenvolvimento.

O desenvolvimento é progressivo e caminha para o equilíbrio. Lembrando que equilíbrio é aprender a lidar com a realidade, é um encontro com a realidade, , obstáculo e adaptação.


·         Período Sensório Motor (0-2 anos)

Inteligência sensório-motora ou prática. Se dá através da manipulação de objetos, aquisição de habilidades e adaptação do tipo comportamental, mas não há representação interna. Sem diferenciação entre o eu e o mundo externo. A realidade é apenas aquilo que se vê.

Inteligência prática – receber e agir.

Conquistas através da percepção e dos movimentos.

Estimulação com brinquedos que tem movimentos e fazem barulhos, como por exemplo, o chocalho. Quanto mais rico o ambiente (estimulador), melhor e mais rápido seu desenvolvimento.

O bebe lança os objetos a distancia para perceber e ter noção de distancia. Pode-se brincar de jogar bola para que ele tenha esta percepção.

  • Período Pré Operacional (2 – 6 anos)

Capacidade de formar esquemas simbólicos: de brincar, falar e transformar significados dos objetos.

Egocentrismo: visão da realidade por parte do próprio eu, não concebendo uma situação da qual não faça parte.

Egocentrismo intelectual: incapacidade de se colocar do ponto de vista dos outros e julgamentos depende da percepção imediata, julga pelo o que vê. Ausência do pensamento conceitual e das noções de conservação de invariância.

Agora amadurece sensorialmente e desenvolve a parte neuronal desenvolvendo aspectos que se fossem estimulados antes não desenvolveriam.

A capacidade de simbolizar, criar imagem, brincar de se esconder (exprime separação, desaparecer e aparecer de novo)

  • Período das Operações Concretas (7-11 anos)

Capacidade de formação de esquemas conceituais, a realidade passa a ser estruturada pela razão.

As ações físicas passam a ocorrer mentalmente. Perde o egocentrismo e aceita a explicação do outro.

  • Estágio das Operações Formais (12 anos em diante)

Capacidade de pensar em termos abstratos, como compreender a religião, amor e fé.

Capaz de pensar em termos de possibilidades.

Ápice do desenvolvimento cognitivo.




quarta-feira, 10 de agosto de 2011

REDE DE CULTURA DA BAIXADA FLUMINENSE

Participe deste grupo, venha somar conosco!!!

A Rede Cultural da Baixada Fluminense reúne artistas, produtores culturais entre outros profissionais que se preocupam com a cultura na região e querem escoar no mercado de trabalho sua arte.

Este foi um dos encontros realizado: Mesa Mercado Cultural na Baixada Fluminense Desafios e Possibilidades.

Com destaque a Fernanda Delvalhas Piccolo coordenadora do Curso de Produção Cultural IFRJ.

Os encontros são quinzenais, participe, deixe seu legado, venha somar conosco: juntos podemos mais!


sábado, 16 de julho de 2011

A CURA DA LOUCURA: ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO, O ARTISTA DO FIO.

"Não faço isto para os homens, mas para Deus"

Um inconsciente a céu aberto: “eu faço por que sou obrigado [pelas vozes], se não fosse obrigado não fazia nada disso não”.

Miniaturas que permitem a minha transformação, isso tudo é material existente na terra dos homens. Minha missão é essa, conseguir isso que eu tenho, para no dia próximo eu representar a existência da Terra. É o significado da minha vida.


Pude visitar na Caixa Cultural uma pequena obra do artista sergipano (1909 - 1989), que construi obras por 50 anos de vida. Onde a maior parte do tempo estava internado numa instituição psiquiátrica do Rio de Janeiro, pois era esquizofrenico - paranóico.

Descentende de escravos africanos, prestou serviços a marinha dos 15 aos 23 anos, era o sinaleiro-chefe (rsrs, que interessante essas palavras) e lutava boxe. Tornou-se empregado de uma tradicional, rica família de Botafogo no Rio de Janeiro, mas não aceitava receber dinheiro, pois era uma forma de retribuir o que seu chefe, antes só advogado fez por ele numa causa trabalhista. Tinha moradia e comida e em troca fazia serviços domésticos.
Até que aos 29 anos despertou com alucinações e daí não parou mais. O delírio, como nos afirma Freud, é uma tentativa de CURA DIANTE DA PSICOSE. Já outro psicanalista Lacan (1988), explica que a psicose é uma forma de estruturação do sujeito na qual sua relação com o Outro não encontra uma mediação que possa barrar a intromissão deste Outro. Assim, o sujeito se sente invadido por vozes, visões e ações que vêem de fora, de outro lugar. Para dar conta disso, oosujeito cria versões que possam explicar para si próprio o que ele está vivenciando, ou seja, cria outra realidade para dar conta daquilo que o invade e que não tem para eleo menor sentido. Bispo dizia que Deus queria que ele reconstruisse o mundo. Ele era o próprio "Jesus". 
Até que foi detido e fichado pela polícia como negro indigente e sem documentos internado no hospicio do Pedro II, primeira instuição oficial com objetivo de receber doentes mentais, alcólicos etc.) de lá foi transferido com apenas 1 mês para a intituição Jiuliano Moreira. Época mais obscura da psiquiatria.
Considerado agressivo, foi colocado na solitária com apenas um fino colchão e um buraco com fezes e alguns insetos devido a falta de higiene. Estava num pavilhão para doentes perigosos (melhor era mesmo ser louco num lugar desses, a cura o traria para uma realidade desumana naquele local) . Depois se tornou "chefe" do pavilhão com sua brutalidade e socos, o que muitas vezes o protegia de eletrochoques e medicação. Passou ali maior parte de sua vida. Continha pacientes mais rebeldes e passou a se acalmar também. Ganhando a confiança dos funcionários, pedia a um enfermeiro para trancafia-ló numa cela e lá passava meses, muitas vezes negava comida: "vou secar para virar santo". E nesse isolamento surge sua cura, opa, arte! Rs. Dizia que sua obra era para Deus, pois Deus o incubiu que ele registrasse a paisagem aqui na terra.
Cada objeto prontos ou construídos de sua obra foram recorbertos por fios azuis. Fios azuis? Fios dos uniformes da colônia Jiuliano Moreira, ele DESFIAVA FIO A FIO DAS ROUPAS E COBRIA SEUS OBJETOS e suas sucatas, oriundo do lixo do local, que funcionários o faziam ter acesso. Ele bordava pano e velhos lençois do hospital, construindo manto e estandartes. Fazia assemblages. “O louco é um homem vivo guiado por um morto.”


“Os doentes mentais são como beija-flores: nunca pousam, ficam a dois metros do chão”. Arthur Bispo do Rosário.

Se recusava a tratamentos médicos, afirmando que este era seu melhor tratamento.
O que o diretor do museu, Luiz Carlos Mello, interpreta como: "ao desfiar o uniforme despersonalizante, que é o símbolo máximo de uma instituição psiquiátrica , ele cria a sua individuação".


Objetos músicais, arquetetônicos e do uso do cotidiano são suas produções. Uma desconstrução institucional para uma construção de um novo significado. Sem contar o que se vê, o que não se vê e o que não se vê (diante de sua obra fiquei pensando nisto, é a base). Algumas denuncias?

Morre de enfarte.

sábado, 25 de junho de 2011

MUSEU DE BELAS ARTES

    O próprio nome já fala por si! As belas obras que lá se encontram... encantam, a riqueza esbanjada... muito diferente do ambiente do Museu do Folclore, em que a arte vista é a popular, não da elite como aqui. Aqui lidamos com polos diferentes... que pena que isto ainda acontece... verbas diferentes? Reconhecimentos
diferentes? Ora mas aprendi que arte é arte, não tem melhor ou pior... por que esta distinção... enfim... vou continuar... esse não é meu foco aqui, apesar de achar um assunto muito importante de ser comentado, encomodado...
Visitei hoje e relembrei de alguns quadros que marcaram minha adolescencia, quadros que nunca esqueci e que agora, mais madura, mais sensível a arte pude rever e descobrir coisas novas... que reencanto...

    O contato com a arte, com arteterapia, com a professora Denise Nagem tem me ensinado a olhar o além das obras, os lugares, os por ques... enfim... várias descobertas...

    O museu foi fundado em 1938, com uma estrutura deslumbrante, uma riqueza em detalhes de lustres, portas de madeira, com molduras enormes de madeira (muitas bem grossas), com mosaicos no chão de pequenas pedrinhas formando um grande desenho... Um palácio renascentista francês.

    O acervo conta com a contribuição do Dom João VI que trouxe em 1808 seu acervo de arte e Portugual, depois retornou e fez mais transferencia para o Brasil em 1816, com a contribuição de Dom Pedro II e outros mecenas que doaram suas preciosidades.

    Começamos numa sala imperial, com sofá, uma mesa enorme com cadeiras. Somos recebidos por pinturas de pessoas ilustres, abrindo assim o espaço do MNBA.

    O museu conta com duas galerias especiais, projetadas com arquitetura da Grécia e esculturas da mitologia grega com uma riqueza de detalhes impressionantes. A intenção é através da caminhada o observador, leitor de imagens se sinta na própria Grégia.

    Uma galeria de fotografia registrando as transformações das sociedades nordestinas nos séculos XIX e XX. Como gosto muito de fotografia aproveitei muito esta parte... os detalhes das fotos, as pessoas e objetos com o tempo sendo acrescentados... as molduras sendo adaptadas... magnifico.

     Hoje vemos a obra de Pedro Américo, artista que começou a desenhar com 11 ANOS DE IDADE!!! Aos 15 ganhou uma bolsa de Dom Pedro II para estudar a aperfeiçoar pintura e desenho na França. Seu quadro de 66 metros quadrados retratando uma batalha vem com todos os personagens com a reprodução de seu rosto.

terça-feira, 5 de abril de 2011

ENCONTROS NOS MUSEUS

O CCBB ficou em 14° lugar no ranking internacional entre os museus mais visitados do mundo!!! Brasileiros precisamos visitar mais os museus que possuímos, é de uma riqueza de vivências sensacionais!!

" O MUNDO MÁGICO DE ESCHER"

                                                                         Vivenciar... estar dentro.. fora daquelas obras foi literalmente uma viagem, talvez, quem sabe, assim espero, uma viagem sem volta! Pois não saí dali da mesma forma que entrei...
“ O Mundo Mágico de Escher” foi uma viagem de uma forma diferente ao “Mundo das Maravilhas”. Mundo esse que TUDO É POSSÍVEL, PRINCIPALMENTE O IMPOSSÍVEL. Sim, LÁ É POSSÍVEL!
A sensação de que a vida pode ser vista e assim vivida de muitos ângulos. O segredo é: como queremos ver. É UM DESAFIO À VER DIFERENTE: VEJA DESTA FORMA, AGORA VEJA DE  OUTRA FORMA! AGORA DE OUTRA! E MAIS OUTRA...
Não há uma verdade absoluta, não há só um caminho a ser seguido, há vários, sejamos vários, sejamos todos!
Na loucura há sabedoria, no diferente há descobertas, no ousado há aquilo que todos tem dificuldade de ser.


NO DIFERENTE ESTÁ O DINÂMICO... O PRAZER!!!
Construções impossíveis... ilusões opticas... contruidas por esse genio da matemática... que fez Escola de Arquitetura e Artes Decorativas em Haarlem. Concerteza colocou em prática a teoria que muitos matemáticos só entendiam pela lógica...

]
Muitas de suas obras ou quase todas na verdade, não conseguimos identificar figura e fundo. Tudo é importante e deve ser visto com cuidado... aqui TUDO PODE SER FEITO!

“Minhas imagens requerem uma explicação, porque sem isso elas são muito herméticas e têm muito de uma fórmula só para os Iniciados. Ao mesmo tempo, o conjunto de ideias que elas expressam, embora essencialmente factual e impessoal, parece, para minha constante surpresa, ser tão pouco usual e, nesse sentido, tão inédito, que eu não conseguiria encontrar um expert com suficiente compreensão para escrever a seu respeito, sem ser eu mesmo”, escreveu Escher, em 1958.




Vejam mais um pouco de sua obra no site  oficial deste artista tão completo e fascinante:  http://www.mcescher.com/indexuk.htm


FERNANDO PESSOA:
 PLURAL COMO O UNIVERSO

"Minha pátria é a língua portuguesa"

    Exposição repercutiu não só em São Paulo, mas aqui no Rio foi sucesso total!! Centro Cultural dos Correios.
   Fernando Pessoa, um poeta de dividido em muitos... complexo demais... o poeta criou personagens e de acordo com a história,  características de cada um escrevia (heterônimos): Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, e várias personalidades literárias. Como  Junguiana digo, personas do qual escreveu e assinou com elas... um poeta complexo, a uma parte da exposição que explora subjetivamente muito bem esse lado, tendo fotos do poeta com jogos de luz e sombras... muito instigador. Assim também como a cabina escrita "Eu sou muitos".

A exposição vem mostrar suas face e facetas e vamos e convenhamos: é o melhor de sua obra! Sua escrita toca a alma, tão contemporanea, quanto suas palavras vivas e reconhecidas até hoje. Além dos poemas, escreveu contos ensaios e críticas literárias para diversas publicações portuguesas. Para quem visitou e não conhecia muito de sua obra, lá estavam algumas expostas e outras sendo vendidas...

"Sou o intervalo entre o que sou e o que não sou. Entre o que sonho e o que a vida fez de mim". Fernando Pessoa.
Dá para acreditar que seu sucesso só veio depois, já falecido? Pois é...quando morreu (1935) não foi muito conhecido, porém deixou em sua casa uma arca com milhares de textos inéditos datilografado, manuscrito suas obras que depois descobertos e publicados o fizeram um dos maiores escritores do Ocidente ao longo do século XX.
Lembrei de um livro de poesias que minha mãe tinha dele, que guardei e na fase de pré adolescencia (uns 10, 11 anos) eu lia (claro que na época com alguma dificuldade de compreensão com algumas palavras rebuscadas) e adorava. Anotava as partes que me interessavam na agenda.
Foi muito gostoso de ver todas as idades sendo mobilizadas até lá, para conhecer um pouco mais de sua obra.
A tecnologia junto a exposição nos dá a ideia que podemos tocar nas palavras daquele que nos toca. Ohh sensação gostosa essa!!


sábado, 2 de abril de 2011

MUSEU DA MARÉ: ARTE DA IDENTIDADE DE UMA COMUNIDADE


Alagados

Os Paralamas do Sucesso

Composição : Herbert Viana/ Bi Ribeiro

Todo dia o sol da manhã
Vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo
Quem já não o queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
E a cidade que tem braços abertos
Num cartão postal
Com os punhos fechados na vida real
Lhe nega oportunidades
Mostra a face dura do mal

Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê


Antes foi necessário construir casa de madeira sobre as palafitas, chão, depois tijolos... A contagem do tempo: passado, presente e futuro encontram-se nele...

Museu da Maré

Em 1989 o grupo “TV Maré”, com objetivo de registrar imagens da comunidade e depoimentos de moradores do local, percebeu que a memória do local estava acabando tanto pelas grandes intervenções governamentais na geografia, bem como pelo desaparecimento dos moradores mais antigos, surgindo o desejo junto com os moradores de um espaço para a sua memória rememorada, para valorização de sua arte mais essencial...
Fundado no dia 8 de maio de 2006, num evento com cobertura da mídia com a participação de autoridades ligados à políticas cultural brasileira e a grande mobilização da comunidade, surge o tão esperado espaço de artes, de uma comunidade histórica no Rio de Janeiro, que passou por lutas e resistências por uma casa, razão de ser a luta que fez surgir a Maré, bem reproduzida no meio do museu. Cada morador pôde doar um objeto, uma foto, uma história, sendo assim ali reunida arte de todos da comunidade perpassando pelo tempo. Sua intenção era romper com o tradicional, baseado no que é “belo”, no que faz parte da tradição eletizada, o museu vem da voz a esta comunidade que também é vivenciada de vida e arte.
Um trabalho de transformação social para auto estima da então comunidade grande e comentada nas mídias por violências. Talvez um grito expressivo: “Não somos apenas violência, temos uma história uma arte diversificada e queremos expressa-lá!”. Ajudando a ver também a questão de falta de políticas publicas, a favela é a conseqüência disso.
Suas casas palafitas sobre as águas depois soterradas que hoje se transformou nesta grande comunidade cheia de complexos. Um lugar de imersão do passado produzindo no seu presente com um olhar para o futuro, numa reflexão sobre a referencia dessa COMUNIDADE, das suas CONDUÇÕES, IDENTIDADES e de sua DIVERSIDADE CULTURAL E TERRITORIAL, servindo de exemplo para outras comunidades. A favela tem arte local e deve influenciar o seu território ao redor. Mostrando ao Rio, ao mundo que ela faz e tem sua importância na história repleta de mudanças e artes.
Um lugar onde os objetos podem ser tocados e tocam as pessoas. Todos têm um espaço, querem e gostam de se ver nele:
“Gostei muito. Foi como se eu tivesse voltado no tempo e visto quanto éramos felizes apesar da pobreza e miséria, mas poderíamos brincar sem medo da violência, só das assombrações que imaginávamos ter. Saudades do meu pai que ajudou a fazer vários barracos desses. Nascida e criada na Maré e com orgulho de ter uma história para contar para filhos e netos".
Há contadores de histórias do local como um importante meio de resistência. Sendo um espaço de diálogo entre as diversas gerações de preservação da memória e da construção da identidade coletiva. A contação de histórias recupera a tradição oral que nasce em histórias e resiste em velhos contos passados por gerações voltando para o registro de preservação e divulgando histórias das comunidades.
Desenvolvendo o lúdico, apresentando exposição, seminários, oficinas e produção de materiais temáticos, num lugar educativo, de cultura, pesquisa e divulgação. É um conjunto de ações voltadas para o registro de preservação, divulgação da história das comunidades da Maré em seus diversos aspectos econômicos, sociais e culturais.
O museu é a arte viva construída pela solidariedade daqueles moradores, importantes para sua transformação social de histórias populares superadas. Resgata a identidade de um povo, de uma terra hoje urbanizada. Valorizando uma cultura local, propondo uma reflexão que perpassa o tempo, favela também tem sua arte, tem sua troca. A comunidade também tem voz, arte, história e encantamento.

domingo, 6 de março de 2011

HÁBITOS DE PESSOAS ALTAMENTE EFICAZES

1º Ser pro ativo.

2º Comece com um objetivo em mente.
Sabendo onde queremos ir, temos visualização do que queremos para nosso futuro. Força para superar os obstáculos e disciplina para liderar nossa vida.

3º Comece pelo mais importante.
Para chegarmos aqui já temos que ter trilhado nosso objetivo tendo atitudes importantes como planejamento, preparação, prevenção, recriação a construção de relacionamentos.

4º Pensar no ganha-ganha. Construir para que se fortaleçam os laços de confiança e todos saiam ganhando para que seja algo saudavél.

5º Compreender antes de ser compreendido.
Ouvir "empaticamente" sem julgamentos procurando entender o individuo do jeito que ele é, sua história ou situação.


6º Crie sinergia.
Buscando os mesmos objetivos ainda que existam as diferenças para alcançar o resultado.

7º Afine o instrumento.
Físico (exercício, nutrição e cuidados especiais), espiritual (convicção de valores, estudos, envolvimentos e meditação do alimento espiritual), mental (leitura, planejamento, escrita) e emocional.

8º Encontro sua voz interior e ajude aos outros a encontrar a sua também.

    Não tenho estilo dos livros de alta ajuda, porém aprendi na igreja, através das palavras do apostolo Paulo que devemos em tudo reter o que é bom! Confesso que não aprecio a didática como ele é conduzido, porém realmente estou pegando o aprendizado dos hábitos descrito pelo livro para o dia-a-dia e relamente tem me ajudado na área familiar, na administração da casa, área profissional, ministerial...
    Como o que me faz bem, o que me acrescenta, pode acrescentar o outro também, aqui esta o livro vamos compartilhar do hábito ganha-ganha.

Um bom proveito!!!
Livro: Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes.
Stephen R. Covey

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

POR QUE UM BLOG ?


PORQUE UM BLOG?

A LEITURA DA IMAGEM COMPLEMENTA A DAS PALAVRAS OU MUITAS VEZES FALAM MAIS DO QUE PALAVRAS...

Bom... eu diria que o blog foi a melhor criação para mim em termos de construção que a internet pode oferecer...

O Facebook, o Orkut foram ferramentas boas, nos aproximam ainda que de uma forma virtual de pessoas que estão longe e também das pessoas que estão perto (em tempos de globalização as pessoas estão tão atoladas sem tempo que até os que estão a sua volta são distantes)... divulga pensamentos... trabalhos... gostos... expressões...
Porém o blog ele na minha opinião VAI ALÉM... uma criação muito  autentica...
Primeiro porque nos tornamos AUTORES de tudo aqui (do design de uma página até os textos que queremos divulgar como por exemplo), o blog tem TUDO DA GENTE...
Sem contar que aqui é uma construção em que o mundo pode acessar com a maior facilidade. 
O nível de divulgação pode se tornar bastante grande... e ser uma ferramenta para você acompanhar trabalhos que ache interessante também. Ele corta distâncias...
Acho que com blog todo mundo virou um REPÓTER SEM TÉCNICA, mas com informação e expressão. O blog virou meu jornal de leitura diária, com autores não clássicos, não consagrados, mas da ATUALIDADE, pessoas comuns como eu e você prodizindo...
Com desejo muito forte de expressar, expressar e expressar muitas coisas... 
O blog é hoje a agenda que nos anos 80 e 90 as meninas curtiam tanto e que hoje estão mais amadurecidas! Talvez com pensamentos, jogos de palavras ...

  MEU BLOG

Representa o que sou... UMA MISTURA DE MUITAS COISAS... mas que no final dá uma coisa só!! Complexo não? Como Alice, este é meu mundo de fantasias (que coisa boa!) aqui posso fazer e tornar vivas minhas críticas, posso colocar algumas idéias, posso falar atráves da linguagem não verbal, como por exemplo as imagens.
Confesso que não disponho de muito tempo para cuidar dele pois sou: filha, mãe, sou evangélica por isso pertenço a um grupo social que se reune para adorar ao Senhor, sou esposa, psicóloga, cuido da minha casa, cuido de mim, sou estudante... e dentre todos esses papéis sociais sou também dona deste blog...
Fique de olho nas PáGINAS DO BLOG e CONSTRUÇÕES. Enfim... fique a vontade! Venha comigo neste blog, divida suas idéias, faça críticas, colabore, use sua imaginação...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

ALICE NO PÁIS DAS MARAVILHAS


“Comece pelo começo – disse o Rei, solenemente – e
Siga até chegar ao fim: então, pare”.
Alice no País das Maravilhas – Lewis Carroll

“– Se isso não tiver qualquer significado,
melhor – disse o Rei – pois não teremos de
nos preocupar em encontrar algum”. Lewis Carrol

“Cuide do sentido, que os sons cuidarão deles mesmos”.
Alice no país das Maravilhas – Lewis Carroll
“– Vou ficar sentado aqui até amanhã, ou talvez até depois
de amanhã – comentou o Lacaio”.
Alice no país das Maravilhas – Lewis Carroll
“ Chegou a hora – disse a Morsa – de falar sobre muitas coisas”.
Alice no país das Maravilhas – Lewis Carroll

– Quem sou eu? Quem é você? – "... A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas mas não posso explicar a mim mesma..."

"Meu Deus! Meu Deus! Como tudo é esquisito hoje. E ontem era tudo exatamente como de costume! Será que fui eu que mudei à noite? Deixe-me pensar: eu era a mesma quando eu levantei hoje de manhã? Eu estou quase achando que posso me lembrar de me sentir um pouco diferente. Mas se eu não sou a mesma, a próxima pergunta é: Quem é que eu sou? Ah, essa é a grande charada."

- Quando eu uso uma palavra - disse Humpty Dumpty num tom escarninho - ela significa exatamente aquilo que eu quero que signifique ... nem mais nem menos.- A questão - ponderou Alice – é saber se o senhor pode fazer as palavras dizerem coisas diferentes.- A questão - replicou Humpty Dumpty – é saber quem é que manda. É só isso.

- "Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para sair daqui?"

- "Isso depende bastante de onde você quer chegar", disse o Gato.

- "O lugar não me importa muito...", disse Alice.

- "Então não importa que caminho você vai tomar", disse o Gato."

- ... desde que eu chegue a algum lugar", acrescentou Alice em forma de explicação.


- "Oh, você vai certamente chegar a algum lugar", disse o Gato.. "se
caminhar bastante"...

Alice: Aqui parecem todos malucos. Gato: É verdade, eu também sou maluco…Completamente maluco.

Alice: Eu não.

Gato: Claro que és. Se não fosses maluca não estavas aqui.

"...uma pessoa não pode acreditar em coisas impossíveis - insurgiu-se Alice.

- Suponho que não tens ainda muita prática, disse a Rainha;